sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SILVA - Amor Pra Depois (Faixa)

Direto da trilha sonora de Sassaricando.

 [Escute]




Danilo Bortoli [2]
SILVA faz pelo menos uma coisa muito bem: ele faz com que eu me lembre, de forma nítida, daquelas histórias orais das crianças que cresceram ouvindo indie pop e com camisetas com dizeres escritos "twee as fuck". Trazendo para o Brasil, nós temos o romantismo idealista (e babaca) de um Renato Russo e as trilhas sonoras das novelas da Globo na "década perdida". E, mesmo com estas leituras, eu fico perdido. Talvez porque não seja hora de dizer que SILVA não soe "autêntico". É que todas as referências que ele escolhe aqui, especialmente em "Amor Pra Depois", são saturadas. Demais. Ele me lembra de algo em relação ao que ele quer dizer. E, juntando com isto, o idealismo nas letras também não ajuda: ele é incorrígivel, e não da melhor forma possível. A saudade aperta, o tempo a passar e tudo a perder. E ainda falta songcraft.

Felipe Reis [2]
Dar o play nessa música é como entrar numa máquina do tempo e viajar de volta aos anos 80 quando uma balada bem cafona do Guilherme Arantes fazia sucesso por ser trilha de alguma novela da Globo. Não parando por aí, lide com a tag "bossanova dreampop".

Julio Pio [4]
Parece uma faixa que o 14 Bis descartou - e a gente entende o porquê. Esse ar de fim de tarde forçado, esse jeito de trilha de personagem da novela das seis. Não fosse o bastante, tem a tag "bossa nova dreampop" e não é nem uma coisa nem outra. O trunfo da despretensão jogado no lixo.

Ramon R. Duarte [3]
Parece que o senhor Silva - depois de figurar em trilha de novela com o seu correto e inofensivo debut Claridão - pegou o vírus do Guilherme Arantes/Ivan Lins nessa “Amor pra Depois”. A breguice da música é tamanha que em poucos minutos eu me vi perdido em um cena qualquer melosa e novelesca reprisada pelo Vale a Pena Ver de Novo – e a banalidade da canção representa ironicamente bem o simplismo que o músico ostenta em seu nome. Talvez emplaque em alguma atração da Globo, não sei, pois para mim é basicamente isso que ela insinua: uma faixa da versão nacional de um greatest hits daqueles bem cafonas. Bem, de qualquer forma, provavelmente seremos obrigados a ouvir isso em looping infinito e presenciar toda a rasgação de seda em cima de um músico que, até então, pouco mostrou a que veio no cenário atual da música brasileira. Saudade dos tempos de “Vitoriosa”.

2.7

Nenhum comentário:

Postar um comentário