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Danilo Bortoli [7]
Eu sou um sucker para tudo o que lembra o início, mesmo que de maneira tímida, de "Colors And The Kids", de Cat Power, mas Archie Pelago, de alguma forma, vai além do piano e do que jazz que ele referencia. O que o trio faz aqui, ainda bem, não chega a ser um banger, mesmo que a trajetória da canção te mostre o contrário: é mais sobre a euforia e a melancolia encontrando-se, o contraste entre as batidas e o tom apocalíptico que é resolvido de forma abrupta só no final. Juntando tudo, eles sabem mesmo criar tensão e não se preocupar de forma alguma em resolvê-la.
Felipe Reis [7.5]
O trio nova iorquino explora com sucesso a onda recente de produções eletrônicas incorporando instrumentos orgânicos, adicionando saxofone e pianos numa mistura de batidas que poderiam, se mais raivosas, gerar um banger. Não é o caso. Na linha jazz-house deixada por Herbert e St. Germain, eles se aproximam mais do show ao vivo do Nicolas Jaar do que da palidez do Anenon (que tenta aplicar o gimmick sem muito sucesso). É música feita de tensão e sombras, capaz de envolver pouco a pouco através da suavidade da progressão sem perder o senso de movimento. Uma forma balanceada de ser elegante e belo nunca apelando para um eruditismo desnecessário. Se não é um big hit, é um aviso de que esse é um grupo promissor.
7.2
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