E a semana da Shania Twain no 4 Track só começou na quarta-feira. Pedimos desculpas por qualquer transtorno.
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Danilo Bortoli [8]
Surpresa: uma canção de 2013 com o nome de uma obra-prima da HBO que não se refere à obra-prima da HBO. Um primeiro sinal de que você está escutando algo criado a partir da mente de um millenial, afinal. Mas vamos ao principal: "The Wire" é o que "Any Man Of Mine", num universo paralelo, soaria se fosse produzido pelo Fleetwood Mac. Na verdade, nem precisaria de tudo isto: bastaria a Stevie Nicks de "Edge of Seventeen" e a obra estaria feita. Isto prova por que "The Wire" traz as Haim parecendo um trio pela primeira vez na (curta) carreira. Elas estão captando as influências certas agora e, claro, soando um pouco alt country demais (alerta de pretensão!) para quem não sabia aonde iria há dois anos, mas nestas influências, elas estão filtrando o que cabe a elas. Não há rumores aqui, se é que você me entende. Só conexões. E um Greatest Hits da Shania Twain, para completar.
Felipe Reis [6]
Man, I feel like a 70s girl.
Julio Pio [7]
Laurel Halo está para Björk assim como Haim está para Shania Twain.
Ramon R. Duarte [6.5]
Um mergulho interessante no soft rock dos anos setenta e oitenta, porém sem saudosismo cego e idealista. Vejo pouco de country aqui, tudo funciona essencialmente como apoio, ainda que seja perceptível o ruralismo das meninas. Diria que “The Wire” tem muito mais apelo e sensibilidade de um hit rock arena do que qualquer canção roceira, talvez uma espécie de Queen de saias, porém – obviamente - de um modo bem menos bombástico e mais regrado, uma espécie de Pretenders menos roqueiro, não sei... Mas o que prevalece em “The Wire” é a feminilidade e leveza de um pop rock legítimo, do soft rock esquecido de uma Pat Benatar e Go-go’s ao leve flerte com o R&B girl group dos anos 90, algo que serve basicamente para jovializar a canção, mas sem plasticidade, sem mecanicismo irritante de indústria pop. Boa surpresa.
6.8
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