sexta-feira, 7 de junho de 2013

Beyoncé - Rise Up (Faixa)


[Escute]




Danilo Bortoli [5]
"Rise Up" é um vanity single no máximo. Mesmo assim, é algo que Kelly Rowland nunca teria o direito de fazer ou poderia realizar sozinha. O problema é que Beyoncé já tem muitos destes (assim como obras-primas) pequenos manifestos de independência e "Rise Up" é o pior deles até agora por simples questão de songcraft. É esquecível, mas funciona como um lembrete muito bom e pontual de que, até para Beyoncé, não adianta só construir uma carreira em cima de quão boa a vida é quando se é, justamente, Beyoncé. Próximo.

Felipe Reis [2]
Podemos relevar "Rise Up" por ser parte da trilha sonora do filme Epic. Não vi o filme, mas imagino que a canção deve ser funcional e caber no contexto com seus versos vazios sobre superação e fé (que parecem tirados de um livro bem barato de auto-ajuda). A verdade é que essa balada genérica é um balde de água fria depois da sinceridade intimista do 4 e das faixas que ouvimos recentemente da Beyoncé, principalmente o pop-trap raivoso e inesperado de "Bow Down". O pior de tudo nessa canção é que ela não possui nada do DNA da cantora, coisa que até as faixas mais inexpressivas feitas por ela ("If I Were A Boy" é um belo exemplo) tem. Espero que nenhum momento do disco novo da Queen B siga por esse caminho, precisamos de mais surpresas e sangue quente correndo pelas veias. Mais "bow down bitches" (muito mais), menos disso aqui (nada disso aqui, de preferência).

Ramon R. Duarte [1.5]
Acho que nunca vou comprar o que a Beyoncé faz, nem mesmo o 4 me convence. Até hoje o seu suposto disco mais autoral, amadurecido, repleto de influências “sérias” (nossa! Fela Kuti, Earth, Wind & Fire, Prince... nossa!) etc. me causa vergonha pela pretensão covarde e rala: dos momentos power-ballads bregas que assolam praticamente todo o disco - e que em nada empolgam - passando pelo afro-dance-pop tonto de “Run the World (Girls)”, 4 pouco tem de persuasivo. Beyoncé apenas insinua como sempre fez em sua carreira solo, induz com medo de qualquer ousadia fora de sua zona de conforto construída ainda no Destiny’s Child, algo que causa tédio. A nossa Tina Turner sem graça dos tempos modernos mastiga constantemente qualquer princípio de audácia musical e regurgita um produto pop dos mais irritantes e óbvios, grande parte de sua obra poderia ser de qualquer vencedora de um American Idol ou X-Factor da vida, os seus êxitos são contáveis nos dedos - ou melhor, nos singles. A introdução de “Crazy in Love” continua sendo o seu apogeu e, ah! Era pra falar dessa música de desenho animado, né? Poxa, verdade. Fica para a próxima.


2.8

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