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Danilo Bortoli [4]
O problema não é Jacques Greene, alguém que eu até respeito pela excelente "Ready", do ano passado. O problema é Tom Krell, o responsável pelo How To Dress Well, e todo o conjunto de representantes do R&B hip de 2011 para cá, que continuam a querer reinterpretar o estilo como um clube do coral o faria. Dessa forma, eu até gostaria mais de "On Your Side" pelo instrumental (assim como alguns gostam mais de "White Noise" pelo bridge), já que Tom não acrescenta em nada a beleza que Jacques gasta quatro minutos construindo. Uma pena, já que esta canção representaria muito bem um feriado chuvoso.
Felipe Reis [8.5]
O Jacques Greene soube referenciar o house e o 2-step garage para criar um modelo próprio de sonoridade - de uma maneira mais sombria que a dos irmãos Disclosure, mas não menos pop. O que torna sua apropriação mais densa é como ele trabalha com samplers vocais, quebrando sons e deixando lacunas, instaurando aquele clima meio anti-clímax (coisa que o James Blake fez perfeitamente durante seu debut). Em "On Your Side" ele aperfeiçoa a arte do build, pela primeira vez acompanhado por vocais "completos", cedidos pelo crooner Tom Krell (How To Dress Well). Tanto o produtor como o cantor trabalham em conjunto aqui para criar tensão, essa sincronia leva a um dos melhores bangers de house do ano - daquele tipo raro que é desorientador, faz você dançar e chorar ao mesmo tempo.
6.2
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