Danilo Bortoli [8]
"Unravel", o primeiro single, produzido por Dev Hyne, continua sendo, até agora, uma das melhores canções do ano porque sabe como filtrar todas as qualidades de uma Adele (e sabendo muito bem retirar as imperfeições e caricaturas também, que fique claro) e aplicá-las nesse modelo de soul que vem sendo imposto no Reino Unido pós-21. Laura Welsh não erra em "Cold Front" porque continua com a mesma tática: há o refrão que carrega tudo ao seu redor, o que faz com que o bridge seja irrelevante. Mas uma vez que ela diz que não ir embora, é pura catarse. Você pode dizer que é tudo a produção de uma indústria que tenta se reinventar depois de uma Duffy, por exemplo, mas canções como "Cold Front" estão aí para provar que isto, realmente, pouco importa.
Felipe Reis [7]
Felipe Reis [7]
Num tempo de Florences e Lanas servindo de referência pra o mainstream do que é o "pop-não-mainstream" (eu sei, é difícil de entender), é bom ver uma artista disposta a se encaixar no meio mantendo sua acessibilidade e indo para uma direção oposta às vozes exageradas, overproduções, tons falsamente dramáticos e teatralidades plásticas. "Cold Front" repete sua batida ecoante durante seus mais de 3 minutos dando destaque à voz de Laura e sua confissão - sem tantos ornamentos ela faz mais do que muitas cantoras. Apesar de não excepcional, esse single é uma afirmação de como o pop pode ser direto sem perder sua força.
7.5
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